TRABALHANDO COM CONFORTO, ATÉ EM CASA

Chegamos à terceira premissa básica nesta sequência de publicações no Davilabs em que propomos uma estrutura conceitual para uma arquitetura residencial pós-pandemia. Hoje é a vez do “Home Office”.

Há muito o ‘work at home’ vem evoluindo, tornando-se uma opção importante não apenas para as empresas, mas também para seus colaboradores. Há atualmente uma discussão que preconiza que o trabalho físico, presencial, irá desaparecer por completo. É uma abordagem um tanto elitista com foco naqueles que trabalham em funções de escritório. Provavelmente, trata-se de uma visão exagerada e precipitada. É preciso distinguir que muitos passaram a trabalhar remotamente de casa por opção, enquanto outros o fizeram por pura pressão, ou necessidade. O futuro deverá nos trazer um meio termo: o trabalho físico presencial prosseguirá de alguma forma e o trabalho remoto também se desenvolverá bastante.

No que diz respeito à arquitetura residencial, é importante que ela esteja preparada para este tipo de demanda de trabalho em casa. Por esta razão, o projeto deve definir uma estrutura que viabilize o trabalho em casa, focando na produtividade, bem-estar e no profissionalismo do morador durante suas atividades.

Esta nossa diretriz para o “Trabalho em Casa” foca notadamente no espaço do ‘home office’, seja ele um espaço exclusivo para a atividade e separado do resto da residência, seja um espaço aberto e integrado para os demais ambientes. As ações que seguem esta diretriz no âmbito do projeto são:
– Definir um ou mais espaços específicos para o trabalho na residência, se possível independentes fisicamente dos demais setores da residência (como um escritório), porém com a facilidade de conexão ou separação, quando necessário;
– Garantir que o espaço para o trabalho possa oferecer a privacidade e concentração necessárias ao desempenho de atividades profissionais;
– Dotar o espaço de trabalho com os recursos indispensáveis para um bom desempenho: ventilação (de preferência natural); climatização (se indispensável);
– Iluminação (natural, preferencialmente, mas também artificial adequada ao trabalho noturno); mobiliário adequado; recursos de comunicação (rede; wi-fi de qualidade);
– Definir um espaço de trabalho flexível, que possa absorver usos diversos em horários diferentes (ex: escritório x dormitório x espaço de leitura e lazer);
– Posicionar o espaço de trabalho próximo ou diretamente conectado à entrada da residência, permitindo acesso independente (inclusive a visitantes profissionais).

Tendo apresentado esta terceira diretriz, encerramos esta seção de nossa proposta de arquitetura residencial pós-pandemia. Em nossas próximas publicações aqui no Davilabs, apresentaremos três espaços principais que imaginamos que poderão fazer parte das novas residências, a partir de um protótipo por nós desenvolvido. Até nosso próximo encontro!