UMA VIDA COM MAIS QUALIDADE


Dando continuidade às nossas postagens aqui no Davilabs sobre uma possível arquitetura residencial pós-pandemia, enfocaremos hoje a primeira das três premissas básicas de nossa proposta: “Saúde e Bem-estar”.

Saúde e bem-estar seriam ‘a mesma coisa’? Podemos afirmar que sim, são concepções interrelacionadas, no entanto, os termos têm abrangências diferentes. O conceito de ‘saúde’ foca principalmente na relação entre o organismo e seu ambiente. Assim, a definição de ‘saudável’ envolve as condições que colocam este corpo em equilíbrio com seu ambiente, no sentido de sua viabilidade biológica. Por sua vez, ‘bem-estar’ tem a ver com a sensação e percepção sobre como nosso corpo e mente (e espírito) se sentem confortáveis, seguros e tranquilos, na proporção do atendimento de suas exigências, quiçá plenamente.

Eventualmente todos nos preocupamos não apenas com a nossa própria saúde e bem-estar, mas também com a de nossos amigos e visitantes e, é claro, de nossos familiares e entes queridos. Estas preocupações não são exclusivas ao contexto da pandemia. São vários os agentes que podem afetar nosso corpo e nossa mente negativamente, incluindo um ambiente residencial inadequado.

É neste sentido que esta diretriz demanda a definição de espaços que preservem e promovam a saúde e bem-estar, atendendo às dimensões mentais, espirituais, psicológicas e sociais dos moradores. Em outras palavras, o bem-estar está associado à saúde e vice-versa, no sentido em que são base para a estabilidade e crescimento do indivíduo humano e sua coletividade, em todas suas dimensões.

Traduzindo esta diretriz em atitudes práticas de projeto, entendemos que os novos desenhos de arquitetura residencial devem:
– Aproveitar melhor a gratuidade da natureza;
– Recorrer à luz natural ou mesmo à incidência solar direta, em contextos controlados;
– Valorizar Solários, Varandas, Terraços, Pátios, Quintais e Jardins;
– Privilegiar a ventilação natural, se possível cruzada (aberturas em lados opostos);
– Incrementar a presença do verde no entorno e dentro da residência: urban jungle;
– Valorizar espaços de socialização entre os residentes e membros da família;
– Dedicar espaços para o lazer e entretenimento;
– Definir espaços propícios ao descanso e meditação.

Para alcançarmos uma arquitetura residencial que favoreça a saúde e bem-estar das pessoas, é interessante que, se não todas, pelo menos algumas destas orientações sejam atendidas.

Em nossa próxima publicação, apresentaremos a segunda diretriz, dentre as que elegemos para os modelos residenciais pós-pandemia: a “Higiene”. Até lá!