Um hotel é, acima de tudo, um espaço de acolhimento. É um abraço em quem chega de longe. É um aceno zeloso para quem deseja encontrar um lar. Um lar que pode ser o principal ou secundário, pode ser temporário, de curto ou longo termo ou mesmo permanente, não importa. O tempo, a duração é uma dimensão relativa para quem se hospeda como quem habita, como a pessoa que cria raízes e se ramifica em experiências marcantes e inesquecíveis.

A proposta do Nexus 710 é, justamente, a de se conformar como um abraço. Um abraço de quem nos recebe com entusiasmo e expectativa. A celebração ocorre diante das possibilidades de interação que se cria em uma experiência que é ao mesmo tempo social e única, ao mesmo tempo subjetiva e compartilhada.

A organização espacial do Nexus 710 faz jus a estes conceitos. O complexo se desenvolve em dois blocos principais na forma de ‘C’ que, ao se encontrarem, abraçam o terreno, assim conformando dois ambientes distintos, o interno e o externo. Ao nível do pedestre, as galerias comerciais promovem uma caminhada urbana paralela às vias do setor Noroeste, enquanto no interior da edificação o paisagismo e as áreas de convivência do hotel trazem uma atmosfera bucólica ao pátio central. O acesso principal ao X se dá através de um grande lobby com generoso pé-direito que, inundado pela luz que atravessa suas paredes translúcidas, recebe e faz a transição entre interior e exterior.

Os serviços ofertados pelo empreendimento estendem-se ao pátio, o que torna o percurso até o quarto uma experiência sensorial mais intensa e rica, em comparação aos corredores fechados e monótonos encontrados em outros hotéis. Dentre os ambientes comuns estão áreas de lazer como salão de festas, espaço gourmet, academia, piscina, área de jogos e espaço kids, além de coworking e lavanderia para as praticidades do dia a dia.

Organizado por uma malha modular rígida, o conjunto do hotel teve sua concepção plástica formal nascida de uma ordem, que, no entanto, é interceptada por elementos modulares variados na fachada. Em uma dança de lajes técnicas, além de variar sua posição a cada pavimento, estes módulos trazem diferentes tonalidades de amarelo. O resultado é composição arquitetônica dinâmica e movimentada, capaz de harmonizar o ritmo às suas variações. Ao mesmo tempo, contrapõe o todo ilimitado e o conteúdo emoldurado pela importância particular do detalhe. Esta contraposição é reforçada quando os blocos horizontalizados são seccionados e se encaixam à topografia e à escala humana.

A criação do pátio interno produz o efeito de multiplicar as fachadas do conjunto: ora voltadas para as vias, ora para o centro, as 531 unidades hoteleiras recebem iluminação e ventilação naturais em boas condições trazendo conforto ao usuário. Entendendo ainda as variadas formas de morar, são ofertadas tipologias de um e dois quartos – entre 34m² e 88m² – distribuídas ao longo dos seis pavimentos da edificação.

Hospedar-se é permitir-se experimentar um outro lugar, que ao mesmo tempo é o seu. O Nexus 710 oferece esta vivência ousando propor o ritmo de um abraço caloroso que acolhe os indivíduos e se acomoda em uma cidade ímpar. Se para muitos, o céu de Brasília é a moldura da cidade, este hotel estabelece seus espaços internos e externos como molduras para este céu que alinhava e integra os indivíduos e suas interações em um conjunto ao mesmo tempo equilibrado e estimulante.